Na última sexta-feira, dia 16, a Comunidade São João Evangelista participou da Solenidade de Colação de Grau dos alunos formandos de Teologia e Filosofia da Faculdade Paulo VI, entre os formandos o postulante Maycon.
Os formandos da Comunidade e também seus familiares estiveram presentes na cerimônia.
Os formandos da Comunidade e também seus familiares estiveram presentes na cerimônia.
Confira a seguir o discurso proferido pelo Maycon em homenagem aos professores:
Senhoras e senhores
Senhoras e senhores
Toda a alegria e solenidade desta noite só foi possível porque houve durantes estes três anos da filosofia e quatro da teologia, pessoas que se doaram inteiramente, que compartilharam um pouco daquilo que eles sabem e assim nos modificaram. Os nossos professores.
Geralmente temos uma visão um pouco equivocada do que realmente é ser professor. É muito mais que ter nas mãos um giz e ter um livro sobre a mesa e ter o poder de dar ou retirar notas dos alunos.
Durante toda nossa formação na Faculdade de Filosofia Paulo VI compreendemos que a missão do professor é muito mais ampla do que aquelas que pensávamos ser. O professor é aquele que participa da vida do seu aluno, porque ele também é responsável de fato pela sua formação. Nossos professores, ao contrário de muitos outros que tivemos foram presentes em nossa vida acadêmica. Com eles tivemos uma proximidade que nos ajudou muito em nossa formação. Esta proximidade nos deu a certeza de que o professor pode sim ser amigo. E sendo professor – amigo, ele se torna um mestre.
Compreendemos que ser professor não é só ensinar uma gama de conteúdos novos aos alunos. É muito mais que isso. Ensinar – ofício por excelência do professor – supõe proporcionar um conhecimento novo e este conhecimento estimula na vida do aluno uma mudança. Não é só ensinar conteúdos vazios em si mesmos como diz Nietzcshe, mas é proporcionar aos alunos um embasamento intelectual para que ele tenha condições a partir de seu solo epistemológico para encarar a vida e saber vivê-la de uma maneira nova, sabendo aproveitar as oportunidades para ser feliz.
O professor quando ensina modifica alguma coisa na vida do aluno. E nossos professores da nossa faculdade de Filosofia Paulo VI são mestres em nos ensinar em ver a vida de um modo diferente. Lembramos ainda com um carinho especial do nosso Magnífico Reitor, Pe. Claúdio Delfino. A seriedade de suas aulas, a simplicidade no trato com as pessoas e sua maneira única de ensinar, misturando seu vasto conhecimento racional e suas histórias pessoais, as histórias da mamãe.
Lembramos-nos aqui com muito afeto do professor Mestre Pe. Paulo Henrique Prates que com suas aulas desconstruiu nossas vidas. Padre Paulo, de agora em diante tentaremos reconstruí-la novamente.
Há também aqueles professores que são temidos no primeiro semestre e que ao fim do curso são quase que venerados. Exemplo disso é o professor Ricardo Guarnieri, nosso professor de Política e Linguagem. Temíamos o Professor Ricardo no primeira ano, mas com o tempo ele foi amolecendo seu coração, fato que o nascimento do Benício ajudou bastante. Obrigado professor Ricardo e tentaremos não estar a serviço do Sistema e acima de tudo saberemos viver responsavelmente a maravilha maior que é a vida.
Ainda agradecemos a humildade e sabedoria do professor Marcus Lombardi. Professor Lobardi, obrigado por que o senhor sempre foi muito próximo de nós, nos incentivando e nos dando todo apoio necessário nesta labuta filosófica.
Nossa gratidão aos professores da Teologia que contribuíram de forma direta para a formação dos novos teólogos da Igreja e em breve, novos diáconos a serviço da fé. Professor Dom Paulo Roxo, marco Aurélio etcccc
Também nos lembramos das nossas professoras. Essas mulheres que com uma doçura inenarrável nos ajudaram no nosso processo de formação.
À Professora Sylvia, que com sua dedicação à educação e ao ato heróico de ensinar, nos fez compreender que ensinar é ser agente de transformação no mundo. Professora Sylvia, nunca nos esqueceremos de uma de suas últimas aulas, onde que a senhora nos ensinou que o medo não pode nos aprisionar e que nunca devemos ter medo de nada na vida.
À professora Maria Claudia Romão que nos ensinou a confiar em nossa capacidade, nos ensinou que podemos realizar em nossa vida aquilo que nossos sonhos alcançaram. Obrigado professora Claudia. Agradecemos ainda a professora Angélica, Nazir e Marina.
O corpo docente de nossa faculdade está incompleto nesta noite. Lembramo-nos do Frei Rogério Xavier, que celebra hoje seu aniversário e que sem dúvida é um professor que marcou profundamente nossa vida.
Durante três anos – na filosofia – e quatro – da teologia -, nós alunos fomos os ouvintes. Nesta noite os papéis se invertem. Os alunos falam e os professores ouvem.
Estimados Professores e professoras. Vocês não só nos ensinaram matérias, mas foram responsáveis pelo nosso crescimento intelectual e humano. Hoje, somos outras pessoas. Vocês mesmos são testemunhas. Aqueles alunos que iniciaram o curso foram deixados para trás e hoje estão aqui outros alunos. Alunos que pensam diferente e agem diferente, porque tiveram professores que encararam a missão de ensinar de modo diferente.
Hoje, só nos resta dizer que carregaremos conosco o nome de nossa Faculdade. E nossa Faculdade é feita pelo esforço de vocês, professores. Levaremos para sempre conosco uma marca de vocês. Obrigado por que essa marca é muito boa.
Rabi Elazar, sábio do Povo Judeu diz o seguinte: “ Quem aprende de seu companheiro um capítulo, ou um parágrafo, ou um versículo, ou uma palavra, ou mesmo uma letra, tem obrigação de tratá-lo com honra...”.
Nós aprendemos muito de vocês, por isso a relação que nós alunos formandos da Faculdade de Filosofia devemos ter para com nossos professores, é aquela que Rabi Elazar nos ensinou, com honra... muita honra.
E como honraremos nossos professores?
Permitam-me novamente citar um pouco da sabedoria hebraica. Conta o Talmud, livro por excelência dos estudantes judeus, que em certa ocasião o Rabino Tarfon e o Rabino Akiva discutiam o que era mais importante: o aluno que estuda ou o aluno que age. Tarfon acreditavam que estudar era mais importante que agir. Já Akiva acredita que a ação é mais essencial. Eles entra num consenso. O texto sagrado do Talmud diz na conclusão:
“Os sábios, finalmente concluíram que ambos tinham razão: Estudar é mais importante quando este estudo leva à ação” e esta ação é capaz de mudar o mundo.
Concluo com a reflexão que os sábios antigos nos propõe nesta noite:
Nós honraremos nossos professores agindo de acordo com aquilo que eles no ensinaram. E que Deus nos dê a graça de a partir dessa ação contribuir para um mundo melhor.
Senhores professores, muito obrigado
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